DIAMOND DAY
- DIAMOND DAY-
(Um jeito de viver ouvindo os movimentos do dia)
Mais uma quermesse – não esqueça antes de começar faça uma prece.
A chuva que cai na montanha faz um som característico - diferente daquela mesma chuva que cai num telhado de zinco.
Seu brinco com você ruluz, relume-dumara-cascudo- o Wanderley na torre hoje cedo eu só troquei a frase por uma para-frase de um amigo meu.
Um raio não cai no mesmo lugar duas vezes menino – dizia minha vô no seu vâ improviso – mas não fica lá na hora da chuva – cobra-cipó não disfarça de bananeira.
Meu tio-avô-Nucenso deu a terra para o meu pai – Nelson pega o baio – a espingarda e o chocalho e não esqueça de colocar a carne no sol, à noite vamos ter festa as meninas vêm para se divertir.
Toda esta terra é minha até onde a vista alcança- faça sua casa ali perto do pé de jaboticaba e tenha certeza que ninguém vai te perturbar – terra boa pra plantar com mana tudo dá – pega o arado e manda um recado para S. Pedro que a chuva não vai faltar.
Adeus. Solidão – uma cama de madeira rústica e posso ouvir o som da festa dos animais.
Uma ponte para o sempre –me leva sua alma arco – íris uma casinha pra saber – que viver é tão simples pra quem sabe viver.
Uma tática memorial – usar o que aprendemos para transformar a nossa condição – meu pai fez isso tão bem que causou um assombro no mundo dos que nada fazem – meu velho!!! Meu amor eterno – com sua licença vou perpetuar a sua clara memória.
Chegava no final do dia passava o dia todo dentro do ritual – uma vida difícil – e a saudade que eu sinto hoje não é muito mais fácil.
Lembrar daqueles dias minha mãe que traz nas veias uma força primordial – com tão poucos grãos produzia uma refeição magistral. Doce alimento do seu coração que alimentava nossa alma jovem.
Sabão minerva que até hoje conserva o mais puro branco um rastro luminoso e um coração sincero.
Vou indo, seguindo seus passos- às vezes o vento forte apaga a passada forte – não tem problema seus passos estão em meu peito cravejado com tantos ouros-diamantes – barro e sons de carros de bois, violas sertanejas, que eu esquecido às vezes me pergunto pra onde você (Senhor meu protetor) foi?
Para meus amores Nelsinho e Netinha, este que junto com o homem ilumina meu caminho – este que está aqui no meu peito – e saculêja minha vida quando eu quero ou penso em parar. Obrigado pai, meus amores.
NLB
30/10/15
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